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Introdução

Se você está estudando para trabalhar com segurança da informação, já deve ter ouvido muitas vezes que “criptografia é um pilar da segurança digital”. Mas o que isso realmente significa na prática?

A criptografia não é uma camada extra, ela é infraestrutura do digital. Sem ela, não existe comunicação segura, não existe autenticação confiável, não existe privacidade, e não existe integridade. - Aqueles tópicos que vocês aprenderam na última aula, lembram?

Agora, mais importante ainda: você não precisa só saber o que é criptografia — você precisa pensar com ela.

Profissionais de segurança que dominam criptografia:

  • Sabem identificar onde o sistema pode vazar dados mesmo que a cifra seja forte.

  • Reconhecem implementações perigosas, como uso de ECB, chaves fracas ou algoritmos obsoletos.

  • Avaliam corretamente protocolos de autenticação, assinatura, troca de chaves e armazenamento seguro.

  • Sabem que criptografia fraca ou mal implementada é igual a vulnerabilidade exposta, mesmo que ninguém tenha “invadido” o sistema.


Saber criptografia permite questionar projetos antes que eles virem um problema de segurança real, permite entender onde está a confiança de um sistema e como ela pode ser quebrada e permite construir soluções robustas, que resistem não só a scripts de ataque, mas também a análise de engenharia reversa, canais laterais e adversários persistentes.

Quando você ouvir sobre criptografia entenda que criptografia é sobre controlar o acesso, garantir a origem, proteger a estrutura, e fortalecer o sistema como um todo.

Por isso, não encare esse tópico como uma área isolada.

Considere criptografia como o vocabulário técnico mínimo que todo profissional de segurança precisa dominar — se quiser auditar, defender ou quebrar sistemas de forma consciente e fundamentada.

Você não precisa decorar curvas elípticas. Mas precisa entender por que elas estão lá — e o que acontece se forem mal usadas.

Então, a partir de agora, vamos explorar essa área.